Perder peso, dedicar mais tempo à família, ser mais paciente e melhorar em todos os aspectos, viajar mais, ler mais, fazer mais exercícios.
Todos os anos tenho uma lista interminável de desejos. Este ano a lista não muda, mas tento ser mais realista com o que sou, o que posso ter, o que é possível fazer. A ambição segue alta, mas com um toque mais realista.
Cada vez estou mais convencida de que é preciso buscar os momentos de felicidade aguda: em uma viagem à praia, um passeio diferente à montanha (no nosso caso, na neve – ainda parece algo muito «exótico» para nós, uma exposição de arte, um jantar ou viagem com o marido, levar a criançada para fazer o que gostam, pintar com eles, brincar com eles, aprender a cozinhar, um bom vinho, um projeto ambicioso no trabalho, descobrir a cidade onde vivo. A lista também é interminável. Há momento de tristeza? Sim, no trabalho e a nível pessoal. Particularmente, mais no trabalho. Chega um momento em que parece que nos sentimos um pouco «estacionados», apesar de estar fazendo tudo com a energia de um recém-formado. O nível de exigência, no entanto, só aumenta. Quando comparo a vida que o meu pai teve no trabalho com a minha, a diferença é abismal. Hoje, com as novas tecnologias, não conseguimos desconectar. Nas férias, preciso levar o computador. Ele virou uma parte tão fundamental da lista «do que levar» como roupas, sapatos, casacos ou sandálias. Nos chamam,»postamos», vemos, respondemos, «gostamos». O cérebro não descansa. Por isso gosto tanto de tomar sol. Essa meia horinha em que estou sozinha, sem ver telefone, sem responder, sem andar, só recebendo os raios de sol, o calor. Desejo muitos momentos de sol para mim e para todos. Feliz 2016 a todos!